Gás R-22: quais as alternativas para reduzir a sua utilização?

imagem Gás R-22: quais as alternativas para reduzir a sua utilização?

Como abordamos anteriormente, os últimos anos foram marcados por diversas ações em prol do desenvolvimento sustentável, a fim de tornar os métodos de produção menos nocivos à natureza.

Um dos alvos recentes nesta luta é a eliminação dos HCFCs (hidroclorofluorcarbonos), substâncias amplamente utilizadas em diferentes setores da indústria. Entre eles, o destaque fica por conta do HCFC 22, também conhecido como R-22.

O R-22 é um fluido refrigerante usado para fins comerciais e residenciais, especialmente em sistemas de refrigeração e ar-condicionado dos varejistas de alimentos e bebidas, mas também pode ser encontrado em indústrias, hospitais e redes de Fast Food.

A grande questão é que, quando essa substância é manipulada incorretamente e entra em contato com a atmosfera, ela causa graves danos à camada de ozônio, contribuindo para o agravamento do efeito estufa.

Diante deste contexto e com o objetivo de contribuir para um futuro mais sustentável, hoje iremos falar sobre algumas alternativas com baixo impacto ao sistema climático global que já vêm sendo consideradas a fim de reduzir a utilização e possível emissão do R-22.

Os candidatos a substituir o R-22 na refrigeração comercial

De uns tempos para cá, tem havido bastante discussão sobre alternativas à utilização do HCFC 22, especialmente em decorrência do Plano Nacional de Eliminação de CFCs, coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e implementado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD.

Entre os candidatos que se destacam nesta frente estão o dióxido de carbono (CO2) e a amônia (NH3), utilizados em sistemas de cascata para instalações de refrigeração, e hidrocarbonetos como o R600a, o R290 e o R1270.

De acordo com um documento publicado no site do Protocolo de Montreal, a utilização dos chamados refrigerantes naturais, como o CO2 e a amônia, já vem sendo aplicada com sucesso em diferentes países, entre eles Alemanha, Dinamarca, Suécia, Holanda e Austrália.

Além de serem mais sustentáveis do ponto de vista ambiental, essas substâncias também geram menor consumo de energia e outros fatores relevantes quando comparados aos refrigerantes sintéticos, o que tem chamado a atenção, especialmente, de redes de supermercados.

O CO2, também conhecido como R744, possui algumas características bastante positivas que merecem ser ressaltadas. Totalmente natural, seu Potencial de Destruição da Camada de Ozônio (PDO) é zero e seu Potencial de Aquecimento Global é de apenas um, o que o coloca em posição de referência para outros refrigerantes.

O fato de não ser uma substância inflamável ou tóxica também conta pontos a favor do R744. Além disso, trata-se de um refrigerante disponível no mercado comercial, de baixo custo e que, em decorrência da alta capacidade volumétrica de refrigeração, demanda compressores, componentes e tubulações de tamanhos reduzidos.

Assim como o CO2, a amônia também não interage com a camada de ozônio e não contribui com o efeito estufa. Conhecida como R717, a substância se sobressai pelo baixo custo de aquisição, baixa densidade do vapor e melhor coeficiente de performance (COP) quando comparada aos refrigerantes sintéticos.

Devido às características positivas que acompanham os refrigerantes naturais como o R744 e o R717, os sistemas de cascata estão despontando como uma opção favorável para a redução das substâncias sintéticas. Neste modelo, os dois fluidos são utilizados, cada um operando com uma faixa de operação na pressão e na temperatura em que são adequados idealmente.

Essas soluções são apenas algumas das alternativas consideradas atualmente a fim de reduzir a utilização do R22 e contribuir com o Tratado de Montreal, que prevê a eliminação total desse refrigerante até 2040 no Brasil.

Se você chegou até aqui e quer se aprofundar ainda mais no assunto para entender o futuro dos HCFCs, recomendamos que você clique aqui e acesse o primeiro artigo que publicamos sobre o tema.

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