Review Energy | A GreenYellow possui um time especializado em regulação atento às oportunidades do mercado elétrico brasileiro

imagem Review Energy | A GreenYellow possui um time especializado em regulação atento às oportunidades do mercado elétrico brasileiro

A GreenYellow possui um time especializado em regulação atento às oportunidades do mercado elétrico brasileiro.

26/05/2021

 

Apesar da pandemia, o setor energético continua crescendo no Brasil. A Review Energy conversou com Roberto Zerkowski, presidente da GreenYellow no Brasil sobre as novas oportunidades de desenvolvimento do mercado brasileiro para 2021. 

 

1. A pandemia causada pela COVID-19 traz novos desafios para a indústria: como a GreenYellow tem lidado com esta emergência sanitária e que impacto prevê nos próximos meses?

 A pandemia teve um impacto, certamente, nos processos da GreenYellow, principalmente por causa da necessidade da empresa em contar com serviços de conexão por parte das distribuidoras nas regiões de implantação das usinas solares. 

No que se refere às demais atuações da GreenYellow no mercado brasileiro, como a eficiência energética e Mercado Livre de Energia, não sentimos grandes mudanças em virtude da pandemia, apenas uma desaceleração de algumas negociações em função do fechamento de alguns segmentos, como o varejo não alimentar ou a indústria.  De qualquer forma, a pandemia não interferiu nos planos da empresa para o Brasil neste ano, que envolvem o valor de R$350 milhões.

 

2. Quais novas oportunidades de desenvolvimento estão sendo analisadas no mercado brasileiro para este 2021?

Na modalidade que atuamos com energia fotovoltaica, a geração distribuída, temos visto muita procura por projetos para aproveitar a janela de oportunidades antes da alteração da legislação. Temos hoje um pipeline em negociação de +380 MWp. 

No que estamos chamando de pós-Geração Distribuída, entendemos que deve haver um direcionamento do mercado para outras modalidades, como autoprodução ou geração compartilhada. Esta última, inclusive, a GreenYellow já atua pela Evolua, empresa na qual somos investidores juntamente com a Andrade Gutierrez e a BMPI.

Do lado da eficiência energética, imaginamos que haverá um aumento nos próximos anos na busca pela renovação de equipamentos e soluções digitais, visando maior performance e disponibilidade dos sistemas, principalmente quando falamos de ar-condicionado, refrigeração comercial,  e industrial, e motores. O parque instalado brasileiro tem um grande potencial para além de um retrofit simples e muitas empresas buscam parceiros que possam ajudá-las a encontrar um projeto eficiente e otimizado, sem incorrer os custos elevados de CAPEX. 

Acreditamos também que as empresas estão olhando mais para política ESG e enxergando a eficiência energética como um pilar importante da estratégia, principalmente em função da redução da emissão de carbono.

 

3. Quais são os principais desafios para o desenvolvimento desses projetos renováveis na região, ainda existem barreiras legais ou regulatórias que podem ser melhoradas?

A regulação do setor energético brasileiro é complexa e é preciso muito comprometimento e robustez para aproveitar as oportunidades da forma correta, mantendo-se atualizado às normas vigentes. A GreenYellow tem um time especializado em regulação justamente para estarmos atentos às oportunidades e formas de atuação que podemos explorar.

Especificamente sobre as renováveis, o Brasil tem grande potencial, ainda mais em um contexto de descentralização da geração de energia, dado o tamanho do país. Mas é preciso haver incentivos em certas modalidades, ao menos no início da sua criação, para que ocorra uma viabilização de novos investimentos. Com o tempo, é esperado que as modalidades atinjam uma maturidade e os incentivos reduzam – como visto em diversos países da Europa –, porém isso não deve ocorrer de forma brusca, para não desacelerar o seu crescimento.

Uma tendência natural esperada é a redução da barreira de entrada de alguns consumidores no Mercado Livre, que vem gradativamente reduzindo a demanda mínima para migração. Acredito que devemos nos preparar para uma abertura total do mercado de energia em cerca de três anos, em que todos poderão escolher seu provedor de energia, como já acontece nos Estados Unidos e na Europa.

 

4. Em termos de tecnologia, para onde você analisa o movimento do mercado? Você está analisando a incorporação de novas linhas para atender a essas novas demandas?

Em cada linha de negócio que atuamos entendemos que as soluções digitais são enablers ? ou seja, elas devem ajudar a viabilizar a implementação do nosso parque de eficiência e geração elétrica. Por exemplo, possuímos uma solução para gestão de energia, o EasyEnergy, que é um meio para iniciar um trabalho de eficiência energética robusto pelo acompanhamento em tempo real do consumo. Uma vez que entender as curvas de consumo detalhadamente, é o primeiro passo para se tornar eficiente.

Da mesma forma, com o advento do PLD horário, começamos a vislumbrar o uso de plataformas de plantas virtuais (virtual power plants) para se alcançar uma sincronização mais eficiente entre demanda e geração.

 

Disponível em: https://www.review-energy.com/solar/a-greenyellow-possui-um-time-especializado-em-regula-o-atento-as-oportunidades-do-mercado-eletrico-brasileiro

Posts relacionados

Case de sucesso de empresa sustentável: conta de energia em baixa na Rede Assaí

Case de sucesso: eficiência energética inteligente para o Grupo Casas Bahia

O papel das empresas na luta contra as mudanças climáticas

Cinturão solar: potencial e desafios na geração de energia sustentável

GreenYellow diversifica portfólio solar e prevê investimento de R$400 milhões na operação brasileira até o fim deste ano

Energia verde: saiba como essa solução pode beneficiar o seu negócio